Lançado no Brasil pela editora JBC, o mangá “Hiroshima, A cidade da calmaria” conta a história de duas jovens que vivem em tempos e cidades diferentes mas que mesmo após anos do lançamento da bomba nuclear em Hiroshima dia 6 de agosto de 1945, tem suas vidas afetadas pela catástrofe.
A autora Fumiyo Kouno, relata com sutileza como a vida cotidiana das pessoas é alterada em Hiroshima anos após a bomba. Pessoas com sentimentos de culpa, sobreviventes tentando superar o trauma e prosseguir com a vida são mostrados no mangá de forma delicada.
O holocausto retratado de forma delicado pelos traços Fumiyo Kouno (Reprodução)
O mangá é dividido em duas histórias sobre a mesma família. Na primeira, chamada “A Cidade da Calmaria”, relata a primeira geração, aqueles que tiveram contato direto com a tragédia, mostrando a vida pós-holocausto do povo de Hiroshima e como Minami Hirano e sua mãe foram afetadas. Na segunda história, “A Terra das Cerejeiras”, os filhos do irmão da moça da história anterior são os protagonistas da primeira parte, que mostra o peso que a doença do filho mais velho tem em toda a família, e ainda como afeta Nanami Ishikawa, a sobrinha da primeira protagonista. Na segunda parte explora as memórias do pai e o medo de aprovarem casamentos com Hibakusha (pessoas afetadas pela explosão).
Originalmente lançada na revista Manga Action em 2004, o mangá venceu dois importantes prêmios , o “Japan Media Arts Festival” em 2004 e o “Tezuka Osamu Bunkoshou” na categoria de criatividade em 2007.
Jornalista. Sonho em me tornar uma mistura de Lizzie Bennet e Tracy Whitney, tirando a parte fora da lei. Ler e escrever são o que mais gosto de fazer. Fico nervosa sem um livro na bolsa ou quando não acho caneta e papel quando a inspiração vem. Tenho sonhos a lá filme de Spielberg e ilusões amorosas por Mr. Darcy.
