“Fantasmagorie” o primeiro filme animado da história

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Efeitos fantásticos, realismo e tudo que há de mais moderno, esses são os ingredientes perfeitos que fazem dos filmes de animação o que são hoje. Porém, ninguém poderia imaginar que de “Fantasmagorie” nasceria esse mundo fantástico que parece compartilhar o lema de Buzz Lightyear, “Ao infinito e além!”.

 

Exibida pela primeira vez em 17 de agosto de 1908 no Théatre du Gymnase Marie-Bell, teatro que comportava 800 pessoas e se transformava em cinema nas férias, “Fantasmagorie”, de Émile Cohl demorou aproximadamente 5 meses para ficar pronta e entrar para a história. Considerada por muitos entendedores da sétima arte como a primeira animação criada consagrou Cohl como pai da animação por ter sido 100% animada.

 

E foi de um palhaço feito por palitos, cenários mórficos e enredo surrealista que se mostrou possível toda a fantasia reproduzida hoje por produtoras como Walt Disney e Pixar. O cartunista Émile Cohl rodou imagem por imagem, sendo cada fotograma um desenho completo. Desenhando 700 quadros e filmando cada com um giro de manivela em dois clichês resultou em 1400 fotogramas. Ufa! E em pensar que o filme só tem 1:40 de duração.

 

 

Embora pareça bruxaria fazer desenhos se mexerem para a época, em 1906 um outro cartunista tentou a mesma proeza. O norte-americano James Stuart Blackton com auxilio de uma lousa, gravou desenhos feitos por ele com giz, rodando em 20 imagens por segundo o filme “Humorous Phases of Funny Faces”. Há quem defenda o pioneirismo de Blackton, porém o que dá a Cohl o crédito é o fato de não se utilizar de imagens estáticas, como James. Outro fato peculiar do pai da animação é que em “Fantasmagorie” ele cria o efeito de lousa desenhando um papel branco com caneta nanquim e usando um duplo negativo, fazendo inverter o preto e o branco, enquanto “Humorous Phases of Funny Faces” é literalmente rodado em um quadro negro.

 

 

Hoje pode parecer tosco, porém esse ponta pé inicial deu início a industria que não pára de crescer, e desafia a cada ano seus próprios limites. Desde “Fantasmagorie”, passando pelo primeiro desenho de Mickey Mouse que uniu imagem animada e som e as proezas de Hanna-Barbera de trabalhar com celuloide e computação, os filmes de animação nos surpreende e não para de nos encantar. Por isso, antes de rir do bonequinho de palito que seu irmão projetou, lembre-se: foi de um palito que hoje o cowboy Woody pode te fazer chorar no cinema com o fim de “Toy Story”.


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